Entrevista: Eduarda Kiame, autora de “Elfos Urbanos – A Escolha”

Lançando seu primeiro livro aos 14 anos, Eduarda Kiame quer escrever para sempre

Frase marcante: “Estamos aqui para falar do livro, mas como ele não fala, eu falo por ele!”

Por Alice Galvão
Esta semana um dos e-mails de assessoria que recebo diariamente me chamou muito a atenção. Foi o release de lançamento do primeiro livro da escritora curitibana Eduarda Kiame. Nada incomum se a escritora em questão não fosse uma adolescente de apenas 14 anos. Publiquei o texto da jornalista Roberta Braga no blog e fiquei instigada. Pensei em aprofundar o assunto e conhecer a autora mirim do livro “Elfos Urbanos – A Escolha”, que será lançado pela Editora Íthala no próximo dia 07, às 19h, no Quintana Café e Restaurante, em Curitiba/PR. (Veja em http://alicegalvao.blogspot.com/p/literatura.html)
Achei que seria louvável evidenciar o talento e a opção pela leitura e pela escrita feita por uma garota da nossa sociedade atual. Pensei que talvez pudesse ser forma de relativizarmos o olhar para toda essa discussão sobre a geração Y, capacidade de concentração, leitura rápida via Internet e todas as previsões catastróficas sobre a possibilidade da morte do livro, que de tempos em tempos vêm nos assombrar, basta uma nova tecnologia, veículo ou plataforma de comunicação aparecer.

Enfim, filosofei cá com meus botões e resolvi marcar uma entrevista com Eduarda por MSN. O resultado é este aí abaixo. Aguardo comentários!

AG - Quando foi que você descobriu seu talento para escrever?
EK - Foi numa aula de português da quinta série. Era para fazer um poema, eu lembro que fiz um sobre a chuva e quando eu terminei todos na sala aplaudiram. Eu fiquei pensando por um tempo: Cara, eu posso ser boa nisso...

AG - Que idade você tinha?
EK - 10 anos. Eu faço aniversário em Dezembro, então, geralmente, eu sou a mais nova da turma.

AG - Li que você escreve para jornais em Curitiba. Como e quando pintou o primeiro convite?
EK - Não foi exatamente um convite. Foi pelo twitter. A primeira vez foi sobre o filme “Eclipse”. Eles perguntaram o que nós achamos e algumas opiniões apareceram no jornal. A segunda vez foi sobre o escritor de “Poderosa” que eu falei com um repórter pelo telefone.

AG - Bacana! E a partir seus textos nos veículos passaram a ser periódicos?
EK - Não, não. Bem que eu gostaria.

AG - "Elfos Urbanos - A Escolha". Este é um nome sugestivo para uma trilogia... Você pensa nisso?
EK - Sim. É uma trilogia. Estou escrevendo o segundo.

AG - Hummm. E você pode me adiantar alguma coisa sobre ele?
EK - O segundo livro vai ter personagens novos. O primeiro livro foi bem focado na Anna Maria, o segundo vai desfocar um pouco e mostrar mais dos elfos e a cultura deles. Não posso contar muito senão estrago o final do primeiro.

AG - Tudo bem, rs. Vejo que a literatura de fantasia está bastante presente no tema do livro e das suas críticas (me corrija se eu estiver falando besteira). Fale um pouco das suas influências
EK - Não está falando besteira não. Então, eu gosto muito dos escritores Tolkien, Christopher Paolini, J.K. Rowling. Eles certamente me influenciam. Mas, eu quando escrevo não penso em "ah, vou escrever que nem tal escritor", a escrita sai de mim de um jeito que eu nem sei como.

AG - Você acredita que seja um "dom natural"?
EK - Depende. Eu não acredito que eu nasci para somente escrever. Mas, acredito que cada pessoa faz bem alguma coisa. No meu caso, acho que escrever. Não tenho certeza.

AG - O que tem da Eduarda na Anna Maria?
EK - Olha, uma amiga minha leu um pedacinho do livro e disse que ela sou eu. A Anna é curiosa como eu e também realista como eu. Mas, deve ter outras características que eu não consigo perceber.

AG - Mas você teve a intenção de falar de si?
EK - Não. Foi completamente involuntário.

AG - Quais são as suas expectativas com o lançamento do livro?
EK - Eu espero que as pessoas gostem e queiram ler o próximo e o terceiro. Eu quero que elas leiam o livro e sintam pelo menos um pouco da sensação que eu sinto quando eu leio um livro.

AG - Que sensação é essa? Você consegue traduzir em palavras?
EK - É difícil dizer em palavras, mas é mais ou menos a sensação de que você é transportada para um outro mundo que ás vezes parece mais real e mais fantástico do que o qual vivemos.

AG - Me conte como foi o processo de publicação deste livro. Você resolveu mandar o texto para a editora e ela topou?
EK - Sim, mais ou menos isso. O pai de uma amiga minha falou para mim da editora e vice-versa. Então, eu mandei o original e eles aceitaram. Fiquei tão feliz quando eu soube que iria ser publicada. Tudo isso que está acontecendo é tão mágico.

AG - Parabéns!
EK - Obrigada! *-*

AG - E o que você pensa com relação ao seu estilo? Quer escrever sempre para o público infanto-juvenil?
EK - Acho que eu não tenho um estilo definido. Talvez quando eu ficar mais velha isso se defina. Eu gosto bastante do sobrenatural, mas também não quero me prender ao estilo. Em relação ao público, eu sinceramente não sei. Eu sou adolescente, acho que é por isso que eu escrevo para o público infanto-juvenil. Mas, eu pretendo variar, como vou saber qual eu melhor me encaixo se eu não experimentar, né?
Uau. Quantos "eu" num único parágrafo.

AG – É natural! O foco aqui é você, rs
EK – O que é estranho, né? Estamos aqui para falar do livro, mas como ele não fala, eu falo por ele!

AG - É verdade. Vou colocar esta frase na abertura da matéria, rs
EK – Auhauhaahua. tá bom!

AG - Você vai prestar vestibular pra que?
EK - Direito. Mas, eu não pretendo parar de escrever. Nunca.

AG - Isso é muito bom! E como será a distribuição do livro? Quantos exemplares, quais cidades e pontos de venda?
EK - Eu sei que são 500 exemplares. Estarão á venda nas Livrarias Curitiba. Eu acho que outras cidades poderão comprá-los pela internet. O resto eu não sei! Sabe o que dá viver demais na ficção, não é?

AG – Vou te deixar em paz agora tá? Muito obrigada pela entrevista e muito sucesso no seu lançamento!
EK – Obrigada!!! Foi muito legal! Quando estiver no site você me avisa?

AG - Eu também adorei. Pode deixar, você será a primeira a saber!
EK - *-* Que bom!!!

AG - Ficou alguma coisa de fora que você gostaria de dizer?
EK - Acho que não. Coloque só que eu lhe agradeço.

Além do agradecimento, Eduarda me pediu para publicar seu endereço no twitter para que os meus seguidores e leitores possam conhecê-la melhor.
Então aí está: www.twitter.com/americanpie14.

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Oi Pessoas!

Agora as páginas do blog estão fixas e tem novidades todos os dias, é só navegar para conferir.

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Outra novidade é que estou repercutindo no blog da Brito Galvão (http://www.britogalvao.com.br/), minha empresa de consultoria, matérias interessantes sobre o tema comunicação, que saem nos diversos veículos que acompanho diariamente. Assim que a rotina de postagens estiver definida, começarei a repercutir também os temas marketing e mercado audiovisual.

Aquele abraço!

Alice Galvão

A Audioteca Sal e Luz corre o risco de acabar

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A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada, de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos literários, religiosos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

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