No dia 1º de abril, os trabalhadores da cultura de Goiânia estarão mobilizados em uma passeata histórica pela mudança na condução das políticas públicas para o segmento. Com concentração marcada para as 14:00h na Praça do Trabalhador, entidades artísticas e culturais iniciarão um cortejo, denunciando dentre muitas outras coisas, o corte de 50% da verba destinada à Lei Goyazes, o sucateamento e abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer e a falta de políticas públicas consistentes para a categoria.
A importânciaMais do que um movimento político da classe artística, o ato representa a necessidade de fazermos com que a sociedade enxergue que existem deficiências sérias na condução das gestões públicas e que isso só mudará se as pessoas reclamarem, se manifestarem e discutirem a respeito. O artista é um trabalhador, e como trabalhador merece respeito e dignidade para exercer uma profissão que permeia todos os espaços sociais. Quem é que nunca ouviu uma música na vida? Quem nunca assistiu a um filme, ou peça de teatro, ou novela, minha gente? Quem nunca admirou e tentou fazer um passo dança ou riu de um palhaço? Quem nunca ficou deslumbrado com uma pintura, na galeria ou na rua? Quem é que nunca teve um parente ou amigo que toca violão? Quem é que nunca citou uma frase célebre, sabendo ou não de que livro ou autor aquilo saiu?
Todo mundo tem uma música marcante, um filme preferido, um livro de cabeceira, uma musa inspiradora, uma imagem inesquecível. Todos nós somos feitos de cultura, de arte. Somos sensíveis, lemos nas entrelinhas, nos divertimos, sofremos e amamos. Todos nós somos seres humanos e, por isso, sociais. Nos relacionamos, somos criativos e queremos construir um mundo melhor, com alegria, com beleza. Então todos nós temos um artista no coração, na boca do estômago, nos olhos, nas mãos.
Mais do que nos proporcionar entretenimento, os artistas contribuem e muito para o desenvolvimento da sociedade, ao ler e reler infinitas vezes a realidade, imaginar novas possibilidades, contar a história e retratar a atualidade inúmeras vezes e de formas variadas. O artista trabalha para o nosso descanso e sofre para aliviar a nossa dor. Trabalha muito para ganhar pouco e precisa de reconhecimento em sua profissão, assim como todos nós.
Por isso, é importante que todos saiam de casa neste “dia da verdade”. Como platéia, artista ou curioso. Vamos assistir, participar deste processo, entender o que está acontecendo, tomar posição, formar opinião e apoiar a nossa cultura.
Eu estarei lá, e você?
Saiba mais e participe: http://fpcgo.wordpress.com
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